Resumo de sociologia processual de norbert elias
O seu livro esta dividido em quatro partes. Na primeira o autor analisa os diferentes significados da “civilização” na Alemanha e na França, buscando uma definição para cada cultura. Este conceito foi primeiramente utilizado na França no século XVI, mas já na Inglaterra, Itália e Alemanha demarcava o comportamento da corte mostrando as barreiras sociais entre o grupo e o resto da sociedade. Na Europa no século XIX, a civilização possuía dois significados: O primeiro utilizado pela corte para opor-se ao barbarismo e o segundo passava a idéia de um processo com um objetivo, envolvendo o refinamento do comportamento social e a pacificação interna do país. Ao buscar a definição, o autor questiona a crença no progresso e na “civilização” européia em vez dele aceitar e mostra la na obra, ele fez o oposto e problematiza a própria definição.
A segunda parte do livro tenta mostrar as transformações nos costumes como; maneiras associadas a mesa, a forma de comer, atitudes relacionadas as funções corporais, comportamentos no quarto de dormir, etc...buscando em fontes diversas como a literatura, pintura, documentos históricos, principalmente em livros de boas maneiras. Depois de analisar esses tópicos, ele mostra que as mudanças não ocorrem aleatoriamente, é a relação existente entre a dinâmica psicológica (o sentimento de vergonha e repugnância) e a dinâmica social (explicitada nas noções de refinamento e civilização) ou a forma de enfatizar um dos conceitos mais importantes desenvolvidos por ele, a relação entre a dinâmica social e a estrutura da personalidade.
Erasmus de Rotterdam é o autor escolhido pra explicitar a sociogênese do conceito de civilidade. Elias pretendia estabelecer que os preceitos contidos no trabalho de Erasmus são incorporações da estrutura mental e emocional da classe alta secular da Idade