Resumo de Neuropsicoses de Defesa de Freud

As neuropsicoses de defesa: tentativa de formulação de uma teoria da histeria adquirida, de muitas fobias e obsessões e de certas psicoses alucinatórias (Volume III)

Resumo de Roberto Dias

Notas do editor:

O termo defesa ocorre pela primeira vez neste artigo, assim como conversão e fuga para a psicose.

Na segunda seção, há o levantamento de toda a teoria fundamental da catexia e sua possibilidade de deslocamento.

ca·te·xi·a substantivo feminino
[Psicanálise] Concentração da energia mental ou emocional num pensamento ou numa representação mental. = CATEXE

Freud:

Efetuou um estudo detalhado de diversos pacientes nervosos que sofriam de fobias e obsessões, chegando com êxito à origem desse tipo de representações patológicas. Simultaneamente a essa teoria psicológica das fobias e obsessões, sua observação dos pacientes resultou numa modificação da teoria da histeria que leva em conta uma importante característica comum entre a histeria e as neuroses mencionadas (classifica aqui as fobias e obsessões como neuroses). O ponto de vista adotado previamente estabelecia uma conexão inteligível entre as psicoses alucinatórias e essas duas neuroses.

I:

A síndrome da histeria justifica a suposição de que haja uma divisão da consciência acompanhada da formação de grupos psíquicos separados.

A base e condição necessária da histeria seria a ocorrência dos chamados estados hipnóides, estados de consciência peculiares, semelhantes ao sonho, com uma capacidade de associação restrita. A divisão da consciência ocorre porque as representações emergentes desses estados hipnóides são excluídos da comunicação associativa com o resto do conteúdo da consciência. É a histeria hipnóide.

Dessa forma, a divisão da consciência é secundária e adquirida.

Numa segunda forma extrema de histeria, a divisão da consciência resulta de um ato voluntário do paciente. Esse ato tem outro objetivo, diferente de provocar a divisão, mas não alcança esse objetivo e