Resumo De Economia

O texto trouxe uma perspectiva de como o Brasil precisou se comportar para se manter competitivo frente à dominação da economia pelos países capitalistas centrais. Com o fim da II Guerra Mundial, o Brasil, com uma economia predominantemente agrária, viu-se submetido à dominação dos países que conseguiam expandir as fronteiras produtivas, que conseguiam aumentar o ganho de produtividade em cima dos países da “periferia”. Pois, como o Brasil era caracterizadamente exportador de matéria-prima e importador de produtos industrializados, ficou em situação desfavorável quando as empresas localizadas nos países centrais, beneficiadas no pós-guerra pela capacidade de gerar conhecimento, compravam as matérias-primas a preços desvalorizados e exportavam os produtos industrializados com preços supervalorizados.
As consequências desse processo permanente de transferir capital para os países ricos, tornavam-se evidentes nos balanços de pagamentos dos países submetidos, apresentando suas balanças comerciais e de serviços sempre deficitárias. Era isso que impulsionava e ainda impulsiona as economias do “centro”. Essas crises no balanço de pagamento do Brasil, viria a mudar aqui o modelo liberal que deu lugar a um modelo de desenvolvimento industrial com participação do Estado de forma crescente. Nesse contexto foi criado o BNDE, para apoiar financeiramente os investidores industriais, em paralelo a uma política de controle cambial e regulação econômica em seus diversos setores. Nesse momento, o consumo pelo mercado interno de consumidores alimentava o progresso industrial no Brasil. Com a expansão do setor industrial, decidiu-se orientar a produção para a elite urbana emergente no país, gerando assim um acelerado e desorganizado processo de urbanização.
Os anos 60 foram marcados por discussões sobre o modelo de sociedade ideal para o Brasil. Onde tínhamos uma classe que acreditava que para o processo industrial evoluir era necessário que houvesse modernização também nas relações