resumo de economia
Nos dias de hoje, seja na hora do almoço ou do jantar, repare bem nos restaurantes e lanchonetes do Recife. Se a cidade não estiver debaixo de chuva forte, é certeza: a maioria desses lugares estará entupida de gente. Comer fora de casa há alguns anos era hábito dos endinheirados, mas hoje ficou muito comum. A questão é que as casas cheias e a velha lei da oferta e procura fez os restaurantes e lanchonetes arremessarem os preços para cima, em um ritmo bem mais alto que a inflação.
A afirmação não é conversa de mesa de bar. Aparece nos dados de quem pesquisa a inflação oficial do Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com esses dados, enquanto a inflação geral do País já acumulou 2,32% no ano, a subida específica da refeição fora de casa foi de 3,7%.
A receita da inflação nos restaurantes e lanchonetes não é feita apenas pela demanda aquecida dos clientes. A comida no seu prato, caseira ou preparada fora, recebe influência de efeitos climáticos, por exemplo. Se há uma estiagem prolongada em uma região do País, o mercado recebe pouco arroz e o preço sobe. Se o desequilíbrio do clima ocorre em outra, a disparada é do tomate. Mas essa análise é apenas do valor do alimento em si. Outras coisas influenciam nos números do cardápio.“Preço é diferente de inflação. Preço alto não é inflação”, ensina José Fernandes de Menezes, economista da Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio).
Manter uma lanchonete ou restaurante aberto traz custos como Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), energia elétrica, o salário do cozinheiro, do garçom, do pessoal da limpeza, sem contar outras coisas, como o imposto cobrado sobre a refeição vendida ao cliente. Além de tudo isso, vem outro ingrediente: o “efeito fila”. “Os preços altos são um reflexo da pressão da demanda”, enfatiza José Fernandes.
Ou seja, você, leitor, sua família e seus amigos, sempre que vão fazer uma