Resumo de desenvolvimento em vygotsky
Do ponto de vista neurológico, a consciência é um fenômeno de face dupla: de um lado, o estado de vigília, desperto do indivíduo, dado pela formação reticular ativadora e pelas estruturas subcorticais do cérebro; e, do outro lado, a cognição, compreendendo a capacidade de atenção, percepção, memória, linguagem, praxia e intelecto, dependentes do córtex cerebral. Essas funções cognitivas não são “faculdades mentais” indivisíveis e localizáveis em “centros” restritos do cérebro, mas “sistemas funcionais” (Anokhin, 1935), com uma estrutura psicológica complexa, requerendo para o seu funcionamento a cooperação de diferentes regiões cerebrais. Não pode haver cognição sem um estado de vigília ótimo. Segundo Bakhtin (1988), “se privarmos a consciência de seu conteúdo semiótico e ideológico, não sobra nada. A imagem, a palavra, o gesto significante, etc, constituem seu único abrigo. Fora desse material, há apenas o simples ato fisiológico, não-iluminado pela consciência, desprovido do sentido que os signos lhe conferem”.
Consciência humana ( na história do psiquismo, pela primeira vez, o sujeito destaca-se de sua própria atividade (espelha-se), atividade que passa a ser o processo de transformação recíproca entre o sujeito e o objeto, em que o objeto se torna sua forma subjetiva (imagem mental) e a atividade do sujeito transforma-se em seus resultados objetivos (produtos), ou, de acordo com Marx ( Marx e Engels, in, Obras escolhidas ), na produção (trabalho social) o sujeito é objetivizado, e no sujeito o objeto é subjetivizado. (Os 2 parágrafos acima, retirados do texto: Desenvolvimento neuropsíquico: suas Raízes Biológicas e Sociais, de Damasceno, B. e Guerreiro, M. – Unicamp)
Vygotsky dedica-se ao estudo das chamadas FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES ou PROCESSOS MENTAIS SUPERIORES que tem a ver com a consciência humana.
Angel Pino/ FE Unicamp
O CONCEITO DE MEDIAÇÃO SIMBÓLICA OU SEMIÓTICA É CENTRAL NA