Resumo de Contos
Raquel de Queiroz
Durante a seca de 1915, havia um viúvo que morava com sua filha de doze anos. Nesse tempo, a seca chegou a castigar tanto o sertão que esse pobre homem teve de vender quase tudo o que tinha, sobrando apenas suas terras.
Cansado de ver a filha toda maltrapilha, decidiu procurar uma cidade, mas como a viagem duraria de um dia para o outro, ele mandou sua filha dormir na casa do vizinho mais próximo. Porém a menina não queria deixar a casa desarrumada, passou o dia cuidando dela e dos bichos, quando terminou já era noite e resolveu dormir ali mesmo.
No meio da noite ela ouviu um barulho vindo da sala, era o vizinho que tinha vindo roubar o dinheiro do seu pai. Depois de pegar o dinheiro, o vizinho disse que teria que matar a menina, pois ela o tinha visto e deu a ela a chance dela escolher a forma da morte. Como ela escolheu ser enforcada, o vizinho foi arrumar um pedaço de corda e um banco para o enforcamento, mas ao dar o laço, para ver se cabia no pescoço da menina ele testou no seu próprio pescoço, escorregou do banco e acabou ele mesmo sendo enforcado.
Um cinturão
Graciliano Ramos
Fala de um garoto que geralmente apanhava dos pais, mas, certa vez foi a que mais lhe marcou, o primeiro contato que teve com a justiça. Seu pai estava dormindo numa rede na sala, quando de repente acordou mal-humorado. O menino logo foi se esconder com medo, mas não teve jeito, seu pai lhe encontrou e logo começou com as pancadas e a gritaria: “ONDE ESTÁ MEU CINTURÃO?!”
O menino não teve nem chance de explicar que não sabia onde estava o bendito cinturão, de tão amedrontado que estava. Chorava, saltava e rodopiava, querendo fugir da dor. Procurava com os olhos por sua mãe ou qualquer outra pessoa, mas não encontrava ninguém. Depois da surra o menino voltou a se encolher, gemendo, no seu esconderijo.
Mais tarde, quando o pai voltou a se deitar na rede, sentiu alguma coisa embaixo. Percebeu que era o cinturão que tinha se