RESUMO de Cadernos da. 16º Caderno de Estudos sobre Processo e Direito do Trabalho II.
AMATRA IV, Cadernos da. 16º Caderno de Estudos sobre Processo e Direito do Trabalho II. Ed. MS. Novembro 2011.
1. O liberalismo como um dos pressupostos do regime capitalista.
O feudalismo foi um período marcado pelo domínio dos senhores feudal, proprietários de terras, aliados da nobreza e do clero que detinham o poder sobre os meios de produção e conhecimento de “mercado”. Com advento do período medieval paira sobre a sociedade uma perspectiva de valorização do ser humano, há um crescimento do indivíduo, a partir, do seu empenho e da sua liberdade de escolha, a respeito de seu futuro. O renascimento, por sua vez, trouxe um pensamento moderno tendo o homem como o centro do universo, capaz de uma qualidade cultural particular, de se expressar filosoficamente, detentor da ciência. Nasce um tipo humano bem diferente daquele constituído no período medieval, historicamente reconhecido como a “Idade das Trevas”, onde o homem era persuadido a viver em trevas, alheio ao conhecimento. O renascimento traz à busca da verdade, tendo por base, os ensinamentos deixados pela Grécia antiga de Platão e Aristóteles. A liberdade, advinda com a nova forma de se ver o homem, e suas ações, teve como consequência grandes revoluções políticas e econômicas, em especial destaque a Revolução Industrial inglesa e a Revolução Francesa de 1789, tendo como primazia o ideal de liberdade individual do homem. É neste panorama histórico de revoluções que brotam as raízes do capitalismo, vez que se verifica uma liberdade, dita como absoluta conferida aos sujeitos para a realização dos mais diversos tipos de contratos sem a intervenção do Estado, ou mesmo de terceiros. No bojo das duas grandes revoluções industriais existe uma liberdade dada aos capitalistas a respeito das contratações, vez que não há nenhuma proteção legal oferecida a homens, mulheres, ou mesmo, crianças. O que se verifica, na segunda revolução industrial, é uma sociedade repleta de formas degradantes de