resumo de bethoven
Na música,as realizações de um compositor podem se aproximar desta Obra que não se materializa, mesmo que apenas sob pontos de vista específicos. Afinal, esta, jamais nascerá, pois não se permite restringir às séries de dualismos e escolhas (sempre envolvendo exclusão) que a composição demanda; não se fechará em um mero ângulo, em uma determinada tonalidade (no caso da música tonal) ou em um processo harmônico escolhido; não se limitará a uma única formação instrumental ou a um instrumento, a algum tipo de recorte. Aos contempladores da arte só resta fruir dos inúmeros objetos, por analogia imediatos, que o compositor lhes apresenta, numa cadeia sígnica.
Ludwig van Beethoven (1770-1827) não é tipicamente um desses artistas; sua produção apresenta grande diversidade, suas obras dificilmente se submetem a um projeto ou a um carater unificante específico. Ainda assim, num olhar um pouco mais cauteloso, identifica-se, na relação entre a pluralidade de suas obras e uma suposta Obra por detrás delas, um processo de semiose. Basta que se olhe para algumas de suas peças, verificando-se, com isso, a manifestação de uma na outra. Esse processo passa por um irrefreável crescimento na cadeia semiótica de “obras imediatas”, manifestações de uma mesma idéia: há uma resultante que parece se aproximar de uma “Obra dinâmica”. na produção beethoveniana,se destaca duas das mais importantes obras da sua fase tardia, a sonata para piano número 29 em si bemol maior op. 106, Hammerklavier (1818), e a sinfonia número 9 em ré menor op. 125, Coral (1824).
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