Resumo De Artigo Sobre Histeria
O estado histérico é um efeito tardio de uma emoção vivida no passado. Os sintomas da histeria são determinados por experiências do paciente que atuaram de modo traumático e que são reproduzidas em sua vida psíquica na forma de símbolos mnêmicos, de lembranças que agem inconscientemente.
Acredita-se que em toda histeria, esteja-se lidando com um rudimento de uma consciência dupla e que a doença seja uma tendência para tal dissociação, emergindo de estados da consciência anormais chamados de hipnóides. Breuer afirma que o paciente histérico, ao invés de dois estados psíquicos, apresenta três: a vigília, o estado hipnóide e o sono. A teoria dos estados hipnóides fornece as condições para a explicação da origem psíquica dos fenômenos histéricos. O estado hipnóide caracteriza-se por manter o nível de excitação intracerebral em níveis parecidos aos da vigília, porém seu funcionamento representacional tem as características do estado de sono, ou seja, o decurso associativo é inibido.
A pessoa experimenta uma impressão psíquica, um trauma. A soma de excitação aumenta e é preciso diminuí-la para preservar sua saúde. Essa descarga de excitação é a ab-reação, que pode se dar ou pela linguagem ou por uma reação motora. Quando, por algum motivo, não houver essa reação, a lembrança da mesma preservará o afeto original desencadeando o adoecimento. Por isso diz-se que um trauma psíquico não foi totalmente ab-reagido.
A hipnose como um instrumento psicoterápico, possibilitaria o acesso à experiência isolada da consciência, levando o paciente a experimentar o trauma novamente, forçando-o a completar sua reação, que até então não fora ab-reagida, nem pela linguagem e nem por vias motoras. A paciente ao ser colocada em hipnose é indagada sobre a origem do sintoma. A memória que estava inacessível então retorna e os sintomas podem ser resolvidos quando encontra-se o “caminho de volta à