Resumo Dabbawalla
LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
MASTER EM GESTÃO DE PROJETOS
CLARISSA FERNANDA VOLPONI NICOLAU
RESUMO ESTUDO DE CASO DABBAWALA
SÃO PAULO
2015
Todos os dias, em Mumbai, na Índia, 5.000 pessoas chamadas dabbawalas entregam cerca de 130.000 marmitas (dabbas) com comida feita pelas famílias dessas 130.000 pessoas. Com uma cultura diferente da nossa, os indianos não conseguem se sustentar comendo fora todo dia com uma lista bem extensa de justificativas: não é saudável – comidas com alta caloria, problema cultural da cozinha regionalizada, dieta baseada em princípios religiosos, como os trens são muito lotados e há uma irregularidade no fornecimento de água, os trabalhadores não conseguem carregar/preparar suas marmitas consigo, etc. Sendo assim, acabam precisando contar com serviço de delivery.
Em 1890 foi criado em Mumbai um serviço de entrega com camponeses da cidade de Pune e arredores. O idealizador oferecia a chance de renda anual regular para entregar marmitas aos clientes de Mumbai, valendo-se do sistema ferroviário da cidade.
Originalmente, haviam 35 dabbawalas (traduzindo, entregador de marmita) responsáveis por uma área, contratando 15 a 20 entregadores que ganhavam um salário mensal. Tradicionalmente eles apoiaram-se no boca-a-boca para conquistar novos clientes. Mas seus uniformes, equipamentos à mão e até as bicicletas, serviram como propaganda. Em 1983, os dabbawalas migraram para um sistema participativo baseado num modelo de divisão de lucros. Um grupo de 25 membros, aproximadamente, incluindo 2 a 3 pessoas que trabalhavam administrando suas próprias finanças, clientes e atividades operacionais. Membros mais antigos, com 10 a 15 anos de experiência, viravam supervisores (chamados de muqaddams). Cada grupo, poderia ter 1 ou mais supervisores que carregavam dabbas, assim como resolviam problemas, disputas e gerenciavam codificação, classificação, carregamento, descarregamento, coletas e pagamentos.