Resumo da obra Timeu de Platão
Em sua obra Timeu, Platão apresenta em forma de diálogos (entre Sócrates, Timeu, Hermócrates e Crítias), suas teorias quanto à origem do mundo e a natureza do homem.
Os diálogos iniciais remetem a um assunto que já havia sido tratado anteriormente pelos atores, que dizia a respeito de uma sociedade ideal, onde havia separação entre a classe dos que trabalhavam na terra e outros ofícios de artesãos e a classe daqueles que defendiam a cidade (estes deveriam ser dotados de sabedoria e natureza enérgica e deveriam se ocupar exclusivamente da função de guardar a cidade). Uma sociedade onde todos os casamentos e filhos seriam comuns, ou seja, todos considerariam todos como sendo da mesma família. Dialogavam também sobre a criação dos filhos, sobre o tipo de casamento entre os governantes, entre muitos outros tópicos.
Crítias, então, relatou para Sócrates uma história ouvida em sua infância, de um poeta chamado Sólon, que havia ido para o Egito e supostamente descoberto lá, através de um sacerdote, grandiosos feitos sobre sua cidade – Atenas. Esses relatos foram de grande importância, pois mostravam que em Atenas já habitara uma sociedade muito semelhante àquela que idealizavam como sendo ideal; e que ainda derrotara com grande furor, inimigos que haviam se levantado contra os atenienses – os homens de Altântida. De forma egocêntrica, mostrava que nesse Estado habitara a mais bela e grandiosa casta de homens e que toda ordem e sistematização haviam sido partilhadas pela deusa aos homens.
Já Timeu, mais entendido de astronomia, direcionou seu discurso a falar sobre a origem do universo, e por último sobre a natureza do homem. A princípio, reflete sobre aquilo que não devém (que é imutável e eterno, e dessa forma pode ser apreendido pelo pensamento com o auxílio da razão) e aquilo que devém (que não pode ser nunca, porque tem natureza instável, está em constante mutação e só pode ser percebida pelos sentidos que são facilmente