Resumo da Língua de Eulalia
Irene conclui que o português padrão deveria ser ensinado de modo a integrar o aluno a sociedade, sendo que através do seu domínio permita ao falante lutar em igualdade com os outros cidadãos das classes privilegiadas.
Eulália foi alfabetizada quando tinha mais de quarenta anos, ressaltando que embora ela tenha sido alfabetizada no português padrão continua empregando o não padrão, pois é a língua materna dela.
Irene explica que existem mais semelhanças que diferenças entre as variedades de português no Brasil, apontando que apesar das diferenças os falantes de variedades diferentes conseguem se comunicar com eficiência.
Também enfatiza que as desigualdades sociais existentes no Brasil, acentuam a estigmatizarão daquilo que foge da norma padrão, pois esta faz força social e política contra o PNP, assim como na etimologia da palavra vinda do latim é a língua do patrão , daquele que governa.
Irene explica que as regras do plural do PNP não são exclusivas apenas da língua portuguesa, mas são presentes em línguas estrangeiras como no inglês, cuja as marcas do plural são feitas somente em uma palavra.
PNP não seja mais considerado como um erro, mas como uma variedade que possui uma lógica.
Levanta também a questão que não basta apenas ensinar o aluno, mas o dever é educa-lo para que possa saber como lhe dar com as diferenças linguísticas e sociais e saber vencê-las.
Irene conclui dizendo que é necessário haver na escola o acesso à educação formal para que o indivíduo saiba se utilizar das variedades do português, adaptando-as em situações diversas.
Irene expõe que uma pequena parcela da população consegue obter a classificação de falante culto, devido às desigualdades sociais.