Resumo da introdução "Economia política uma introdução crítica"
Ao se estudar Economia Política, estamos de fato nos dando com interesses materiais, econômicos e sociais, interligados a interesses de determinados grupos e classes sociais, ou seja, a economia política é a ciência que estuda as relações sociais e trata das leis que regem a produção, circulação e consumo das mercadorias. Em 1615 aparece pela primeira vez a expressão: Economia Política, mas é apenas no começo do século XIX que ela começa a constituir um corpo teórico. Isso não significa que as bases teóricas da economia política nos séculos anteriores não tenham sua importância no seu processo de formação, e sim, que é a partir deste século (XIX) que ela passa a ser reconhecida como ciência. Os maiores representantes da Economia política clássica são Adam Smith e David Ricardo, que deixaram duas características centrais em comum de suas concepções: A primeira sugere que a Economia política clássica não se trata de uma disciplina particular, que “recorta” como objeto de estudo apenas o “econômico”, e sim, interessava compreende-lo em um contexto social, voltado para as transformações que começavam a surgir com a crise do antigo regime, e as novas formas e interesses que surgiam no mundo do trabalho. A Economia política clássica procurava compreender a sociedade que estava nascendo, buscando uma visão não da economia de um modo isolado, e sim, interligado com os fatores que levam ao conjunto da vida social. A segunda vem tratar das principais categorias econômicas: dinheiro, lucros, salário, mercado, propriedade privada etc. É nesse contexto que a burguesia revolucionária, atada de ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, derrubou o antigo regime (Feudalismo) através de lutas sociais. A burguesia revolucionária ao ascender ao poder, rompe com a cultura ilustrada (Iluminismo), e a emancipação humana da qual fazia parte do ideário revolucionário burguês, passa a ser somente a emancipação política, ou seja, de certa forma o