Resumo da introdução de Fazendo um doze na pista de Carolina Grillo
Ao longo dessa pesquisa vê-se que gradualmente um estilo de vida é desenhado, vê-se que para os traficantes de classe media o que eles fazem é um estilo de vida. Assim como os traficantes do “morro” também consideram esse meio um estilo de vida. Salvo, é claro, as particularidades de cada tipo de trafico, pois cada um tem sua sociabilidade própria. E a interlocução que a autora faz dos dois tipos de trafico demonstra uma complementaridade apesar da concorrência no mercado. Mas os indivíduos estudados não aceitam a categoria “traficante” e eles rejeitam essa ideia por haver uma associação de termo “traficante” com “bandido de morro”. Mas a Carolina usa esse termo para designa-los, pois ela pega o parâmetro da classificação judicial para o termo “traficante”.
A sociabilidade que diferencia o tráfico de “pista” do trafico de “morro”, aborda as formas de organização, a hierarquia e a implantação territorial próprias do meio do tráfico de classe media que permite uma “sociabilidade normalizada” e a manutenção desta. E interessante é que para manter a hierarquia, a organização e o territorialismo em ordem e organizados como são, não é usado de violência como no “morro”. Pois neste sistema (o de classe media) há uma circulação de confiança, há uma troca de interesses onde apalavra (cultura da oralidade) é