Resumo da Genealogia da tica de Leonardo Bolf

RESUMO DO CAPÍTULO “GENEALOGIA DA ÉTICA” DE LEONARDO BOFF.
Estamos vivendo numa sociedade em que as relações sociais estão se organizando ao redor de interesses particulares, onde a lógica dominante nesse tipo de relação é da economia e do mercado deixando de lado o direito e a justiça.
Essa relação é regida pela competição criando oposições e exclusões onde o que deveria prevalecer era cooperação que harmoniza e inclui, ficando cada vez mais difícil saber o que é correto e o que não é, instaurando uma grave crise mundial de valores, devido sua mutabilidade com as transformações da sociedade, assim nasce a ética, da necessidade de entender um processo de mudança na humanidade.
A religião e a razão são duas fontes que orientaram e orientam a moralidade da sociedade até os dias de hoje. As religiões continuam sendo nichos de valor privilegiados para a maioria da humanidade, apesar dentre elas haver muita diferença, os seus pontos comuns permitem elaborar um consenso ético mínimo, capaz de manter a humanidade unida e preservar o capital ecológico indispensável para a vida, ela representa na história o ethos que ama e cuida.
Já a religião tentou estatuir códigos éticos universalmente válidos, a fundamentação da ética e da moral (ética autônoma) representou um esforço admirável do pensamento humano, tarefa esta que se encontra ainda em aberto, distanciando-se de outros esforços éticos fundados em outras bases que não seja a razão (ética heterônomas). É o ethos que procura.
Esses dois paradigmas não ficam inválidos pela crise atual, mas precisam ser enriquecidos, se quisermos estar à altura das demandas éticas que nos vêm da realidade hoje globalizada. A ética para ganhar um mínimo de consenso, deve brotar da ultima base da existência humana que emerge de algo elementar e ancestral: a afetividade e não só a razão como muitos pensam, pois como disse Leonardo Boff (2003) “pela paixão é que captamos o valor das coisas. E o valor é o caráter precioso dos seres, aquilo que