Resumo da economia brasileira na Republica Velha
1. Um preâmbulo: transição, legado e desafios
Havia no Brasil um sentimento de mudanças, reformas e necessidade de alteração da velha ordem chamada Império. O café, principal produto da economia na época tinha uma excelente perspectiva, a indústria de bens duráveis, com destaque para a indústria têxtil, também vinha em uma linha evolutiva positiva.
Era clara a necessidade de mudança nas políticas econômicas brasileiras que eram pouco favoráveis a iniciativa privada.
Essa onda de modernidade instalada na Republica Velha trazia um problema antigo a tona, o limitado sistema bancário instalado no país que não acompanhava a economia nacional.
A discussão sobre o padrão-ouro era recorrente na época, o ouro era a única moeda universalizada e o papel-moeda deveria ser apenas um certificado conversível em um peso de ouro proporcional a seu valor. Apesar de parecer simples esse modelo foi muito complexo, pois países que tinham uma economia modesta como é o caso brasileiro na época passaram a fabricar papel-moeda sem possuir o ouro equivalente para a troca. Havia duas correntes de pensamento para a solução do problema:
Metalistas propunham a retirada do papel-moeda de circulação, por exemplo, incinerando as notas excedentes;
Papelistas propunham o aumento da abundancia de papel no mercado, visto que havia uma necessidade de crédito na economia.
Futuramente o padrão-ouro será trocado pela moeda fiduciária, aquela que não tem relação com a quantidade de metal nobre.
Obs: A clausula-ouro só foi revogada em 2001!
2. Do Encilhamento ao Funding Loan
Em 1888, uma série de fatores, como a expansão da cafeicultura, a chegada de imigrantes, e o fim da escravidão, fez com que o Brasil chegasse ao padrão de 27 pences/mil reis, na relação ouro/cédulas, (que era o padrão oficial da época), com isso o impasse dos metalistas em reduzir as cédulas em circulação não fazia mais sentido, pois a economia estava “regulada”. Com tal situação o