Resumo da 4 ª Lição de Psicanálise

367 palavras 2 páginas
Quarta Lição

De acordo com Freud, os homens não falam francamente de sua sexualidade. A maioria dos pacientes tenta ocultar tudo o que podem quanto a ela. Não obstante, S. Freud quebra o paradigma da não existência de instinto animal na criança e acrescenta que os traumatismos que afligem o sujeito somente são explicados pelos fatos da infância; o afastamento dos sintomas depende da retomada de consciência de tais fatos esquecidos. “Chegamos aqui à mesma conclusão do exame dos sonhos, isto é, que foram os desejos duradouros e recalcados da meninice que emprestaram à formação dos sintomas a força sem a qual teria decorrido normalmente a reação contra traumatismos posteriores.” A partir de Freud, o autoerotismo infantil, que se dá pelas “brincadeiras” com as suas áreas sensoriais, deixa de ser julgado e passa a ser compreendido. As principais zonas erógenas da infância, além dos órgãos genitais, são os orifícios da boca, ânus e uretra e também a pele e outras superfícies sensoriais. No que se refere à perversão, esta é entendida como uma fixação criada deste a infância e aflorada no indivíduo adulto. Ao se falar em Complexo de Édipo, a criança vê um de seus pais como objeto de seus desejos eróticos, a partir do incitamento de seus próprios genitores. “O pai em regra tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade.” Todavia, esse primeiro objeto não permanece fixo; posteriormente, o sujeito tomará seu genitor apenas como modelo, de tal modo que pessoas estranhas passam a ser seu objeto, no que se refere à escolha definitiva. A função social do jovem depende desse desligamento em relação aos pais. Durante esse período de recalcamento, o papel educativo se faz essencial.

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