RESUMO CÓDIGO DE MANU
CAPÍTULO IV
Este texto tem por finalidade realizar alguns apontamentos acerca do “Código de Manu”, mediante os conceitos e estudos da autora Flávia Castro. Inicialmente, é válido dizer que o Código de Manu não é de fácil entendimento, haja vista que esse código, mais nitidamente e mais profundamente que qualquer outro da Antiguidade, é parte inexorável da constituição histórica, social e, principalmente, religiosa desse povo.
Assim, antes de nos ater diretamente ao que o Código apresenta, é necessário compreender a sociedade desse povo, bem como sua estrutura e sua religião. Sendo assim, apresenta-se primeiramente o contexto histórico e geográfico da Índia.
De acordo com Castro, a Índia é caracterizada por sua diversidade e pela complexidade das suas condições naturais, localizada na Ásia Meridional, ocupa duas zonas principais: o Sul e o Norte. É uma região isolada, e assim faz com seja difícil a comunicação com outros povos. Além do mais, da soma da civilização dravidiana e dos invasores arianos nasceu a civilização hindu, que possui características que se perpetuam até hoje na sociedade indiana.
Em relação a sociedade Hindu, afirma-se que era uma sociedade dividida em Castas, e mesmo hoje, ainda permanece inalterada em certas regiões onde o hinduísmo permanece. Esse sistema de castas, não admite mudança, assim, nascer em uma casta significa crescer nela, casar-se com alguém dessa mesma casta, ter filhos somente dessa casta e morrer pertencendo a ela.
De acordo com a referida autora, as castas eram quatro, sendo elas: Brâmanes que era a casta superior; a Ksatryas, que era a casta pertencente aos guerreiros; A Varsyas, referente a casta dos comerciantes; e a Sudras que representava a casta inferior.
As pessoas que não pertencia a nenhuma delas era considerada “resto”, chamado de Chandalas, e que na verdade não eram considerados nem gente e eram classificados como os mais impuros.
Importante ressaltar, que nessa sociedade, os