Resumo Crítica da Razão Tupiniquim
Com parágrafos e capítulos curtos, ao longo de suas cento e sete páginas (oitava edição da editora criar), o livro do escritor blumenauense Roberto Gomes, nascido em 1964, traz uma crítica à intelectualidade brasileira, ataca o mito da impossibilidade de uma filosofia brasileira, seja este fruto da ideia de uma língua inadequada ou por não possuir uma herança filosófica; tentando mostrar como no fundo isto não passa de uma produção não só do exterior, mas, também, e talvez principalmente, interior. Ele mostra como os brasileiros prendem-se aos padrões europeus, dando maior valor aos saberes de lá, tendo as produções intelectuais daqui valor aqui somente quando aprovadas pelos intelectuais da Europa.
Cria-se uma dependência que vai desde a maneira de vestir-se, pensando aqui no Brasil como um país tropical e que “rejeita a pompa”, Gomes pergunta, “a filosofia, de terno e gravata, pensa?”; aos saberes que são tomados como válidos. É Esta dependência, sim, que promove a impossibilidade da “razão tupiniquim” e não qualquer relação de natureza lingüística, territorial ou mesmo cultural como se costuma objetar.
O autor faz uma distinção entre “sério” e “a sério”, resumindo, você pode ser um pessoa séria, o que diz que estaria mais ou menos em oposição ao alegre ou risonho, de maneira distinta você poder fazer humor a sério, assim, ele pergunta se realmente um filosofo – brasileiro – precisa ser sério ou se apenas necessita levar as questões, seu trabalho, o pensar a sério.
Outro ponto interessante abordado no livro é o que Roberto Gomes chama de “Mito da Concórdia” e “Mito da Imparcialidade”, o primeiro