Resumo Crátilo
Resenha do livro Crátilo, de Platão
Crátilo é um diálogo platônico onde Sócrates é questionado por Crátilo e Hermogenes (sendo as três personagens inspiradas por suas figuras reais), se os nomes são “convencionais” ou “naturais”, ou seja, uma relação entre as palavras e seu significado. Para Crátilo “cada coisa tem por natureza um nome apropriado, e que não se trata da denominação que alguns homens convencionaram dar-lhes” , as palavras tem sentido certo, independente de quem fala. Hermógenes defende o contrário, os nomes não são estabelecidos pelos homens. De acordo com Platão, as coisas tem uma verdade única e fixa, que traduz os nomes e que transcende a experiência humana “ Assim sendo, convirá nomear as coisas pelo modo natural de nomeá-las e serem nomeadas, e pelo meio adequado, não como imaginamos que devemos fazê-lo, caso queiramos ficar coerentes com o que assentamos antes. Só por esse modo, de fato, dar nome às coisas; do contrário, será impossível”. Platão aprofunda mais a explicação na defesa da sua tese, de que as coisas tem essência permanente, não podendo “ser deslocadas em todos os sentidos por nossa fantasia”. Ele fala através de Sócrates e faz uma analogia entre a linguagem e o tear, demonstrando que as ações também tem uma essência fixa, compara o modelo em um trabalho artesanal e modelo para o nome, no ato de nomear alguma coisa. Sócrates defende a existência de um nome ideal, que nem todos os homens tem capacidade para impor nomes, apenas o “legislador” que escolhe e fixa os mesmos. “(...) o nosso legislador deverá saber formar com os sons e as sílabas o nome por natureza apropriado para cada objeto, compondo todos os nomes e aplicando-os com os olhos sempre fixos no que é o nome em si, caso queira ser tido na conta de verdadeiro criador de nomes.” O tear seria o instrumento ideal para a ação de tecer, assim como os nomes seriam o instrumento ideal para a