Resumo - chutando a escada
Introdução:
Atualmente os países em desenvolvimento estão sofrendo uma enorme pressão, por parte das nações desenvolvidas, para adotarem políticas macroeconômicas restritivas, a liberalização do comércio internacional e dos investimentos, a privatização e a desregulamentação. Porém, se olharmos o que realmente aconteceu no decorrer da história, perceberemos que se os países ricos tivessem adotado tais medidas, provavelmente não chegariam aonde chegaram.
Pela lenda (contada pelos países desenvolvidos), a partir do século 18, o sucesso industrial do laissez-faire britânico comprovou a superioridade das políticas de mercado livre sobre o antigo protecionismo mercantilista. Muitos países acabaram aderindo a ordem liberal mundial, eliminando aos poucos as barreiras aos fluxos internacionais de bens, capital e trabalho. Isso só foi possível graças a estabilidade econômica da época, garantida pelo padrão-ouro e pelo princípio do equilíbrio orçamentário. Mas bastou que começasse a 1º Guerra Mundial para que a instabilidade do sistema político e econômico mundial aflorasse e com isso os países voltaram a erguer suas barreiras comerciais, inclusive a Grã-Bretanha. Ainda segundo a lenda, após o final da 2º Guerra Mundial alguns avanços foram feitos e com a ascensão do neoliberalismo nos anos 80 as políticas intervencionistas vem sendo abandonadas gradualmente.
Contudo, o que vemos com uma análise histórica é que os países que aboliram a proteção tarifária por livre e espontânea vontade (as colônias, por exemplo, foram obrigadas), eram na maioria países que já tinham superioridade econômica e tecnológica. Além disso, a intervenção estatal até a 1º Guerra era bem restrita quando comparada aos padrões atuais. Indiscutivelmente todos os países desenvolvidos usaram políticas de proteção industrial, comercial e tecnológica antes de adotarem o laissez-faire.
As estratégias de Catch-up
Grã-Bretanha: