Resumo Cem dias entre ceu e mar
Mais tarde conseguiru uma coletânea dos desenhos de Colin Archer, o famoso projetista do Fram e sua fonte de inspiração. Levando em consideração o feito de todas essas pessoas, Amyr percebeu que não havia nada de tão absurdo em cruzar um oceano remando. Havia muitos problemas, mas todos tinham uma solução. O único verdadeiro problema seria organizar meticulosamente todas as soluções.
Para realizar esse feito que tinha em mente precisaria de um projeto perfeito para o barco e foi o engenheiro naval José Carlos Furia que abraçou a ideia. Do primeiro desenho até os últimos detalhes do projeto um ano inteiro se passou. Ao mesmo tempo começou a maratona da construção, testes, instalações de equipamentos, instalações elétricas blindadas, placas solares, destilador solar…
Amyr planejava partir da África rumo ao Brasil. Logo que o plano amadureceu, antes mesmo de definir o projeto do barco, uma dúvida importante surgiu: de que lugar partir? Depois de meses examinando cartas-piloto, livros e mapas do Atlântico Sul optou pelo porto de Lüderitz, Namíbia, situado em local altamente estratégico para uma pequena embarcação onde ventos e correntes se afastam da costa.
Ao planejar a trajetória ideal, limites de navegação foram estabelecidos após muito estudo, pois, no mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições