RESUMO - CARTA VII - PLATÃO
RESUMO
1. A Carta VII é sem dúvida a mais importante entre as Cartas de Platão. Platão toma claramente uma posição em relação à concepção da política e do dirigente político.
2. Dionísio e Dion vão ser as figuras centrais da Carta. Os dois são aqui apresentados como uma espécie de antípodas da compreensão da política.
3. O filósofo que na Carta aparece através da figura do conselheiro político é convidado a experimentar o risco de dizer a verdade e de estar do lado da verdade. Nesta procura da verdade também é convidado a superar o estado de logos e fazer que este tenha uma materialização no érgon, fazendo, portanto, da figura do conselheiro político o campo de atuação de érgon filosófico.
4. Na Carta VII, Patão vai não só explicar as razões deste estado infrutífero do dizer filosófico e da filosofia, mas também, vai explicitar o porquê da incompatibilidade do ato filosófico como certa ideia do fazer político.
5. A conjuntura do espaço de influencia é, portanto favorável a uma adesão política e a suscetividade para a política. Admite que a sua intenção de entrar para a política tinha precisamente que ver com o sentimento de injustiça que dominava o regime político de então, por isso, pensou que ao entrar para política poderia contribuir a restaurar a justiça.
6. Platão destaca que este novo regime político utilizava todos os meios para tornar as pessoas cúmplices com o seu atuar, independentemente de se as pessoas em causa queriam ou não ser seus cúmplices. Mas, adverte: a recusa da cumplicidade tem um preço muito alto a pagar: foi precisamente o que aconteceu a Sócrates e a muitos que tal como ele, não aceitaram obedecer ao que ele chama e caracteriza de ignóbil jogo político.
7. Diante de uma resignação quanto à impossibilidade de resgatar a política, de salvar a atividade política do jogo destrutivo da verdadeira política. Platão assume que a materialização da boa política não pode ser trabalho