resumo capítulo 5 e 6 - pós guerra tony judt
O novo ideário militar começou com o golpe tcheco, em 1948 (último país a entrar para a "cortina de ferro" do comunismo) e isso gerou grande insegurança e discussões sobre a guerra na Europa. Por conta do medo da expansão desse modelo político se espalhar e do medo da guerra, os EUA aprovou a legislação do Plano Marshall e os aliados assinaram o Pacto de Bruxelas (tratado de ajuda mútua entre os países no caso de ataque alemão ou russo, tratado que não permaneceu somente naquele período, mas abriu caminho para a criação da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, que abrange 10 estados europeus, EUA e Canadá).
Ninguém queria lutar, apesar desses tratados, mas eles serviram mais como "uma disposição de dividir informações e cooperar em defesa, segurança, comércio, regulação monetária e muito mais", a OTAN foi, como disse um ministro da defesa britânica, Denis Healey, um blefe. Entre 1949 e 1950, a União Soviética realizou um teste bem-sucedido com a bomba atômica, o que fez especialistas militares norte-americanos pensarem que a realização soviética para a guerra era bem maior que na realidade. Se não fosse pelo ataque sofrido pela Coréia do Sul (Stalin apoiou Kim II Sung na invasão da Coréia do Sul em 1950 e os americanos e europeus ocidentais imediatamente chegaram à conclusão - errada - de que a Coréia era um desvio ou prelúdio, e que a Alemanha seria a próxima), provavelmente os aumentos no orçamento bélico não teria sido aprovado.
O risco de uma guerra europeia, mesmo parecendo exagerado, não era inexistente, tanto que Stalin considerou a possibilidade de atacar a Iugoslávia, só não o fez por conta do rearmamento ocidental. E Stalin, aconselhado pelos serviços de inteligência soviética, supôs que os norte-americanos tinham suas próprias intenções agressivas quanto a esfera soviética no Leste Europeu. Nenhuma dessas suposições ou erros de cálculo era evidente à época - políticos e generais faziam o melhor que podiam,