Resumo capítulo 4 "teoria de moda", mara rúbia sant'anna
Autora do livro “Teoria de Moda: sociedade, imagem e consumo”, publicado, no Brasil, em 2007 pela editora Estação das Letras e Cores, Mara Rúbia Sant’anna – Doutora em História Social e da Cultura (UFRGS – EHESS) e pesquisadora e professora titular da Universidade do Estado de Santa Catarina – objetiva, em seu livro, a passagem pela superfície, pela aparência, pelo dito fútil e secundário da vida em sociedade. Propõe em sua introdução que a aparência é uma peça muito importante nas investigações históricas, pois além de expor a experiência social vivida pela sociedade apresentada, ela mostra a relação constituída entre as pessoas – “ela é substancia, que delimita, condiciona e significa a mensagem que porta e que, sem ela, não existiria”.
Capítulo 4 – Moda-modernidade
A autora aborda, nesse capítulo, a diferença entre a moda e o vestuário, aonde este proporciona o exercício daquele – que atua no campo do imaginário e é parte integrante da cultura. Roupas não associadas à um corpo, são apenas seres inanimados, objetos sem vida; já quando alguém as veste, ganham sentido, vitalidade. As roupas proporcionam ao seu portador o poder de escolha, de posicionamento, conforme o que está sentindo naquele dia, pois são signos que trazem consigo uma série de significados, que quando associados, formam um discurso, cuja leitura requer capacidade e atenção. Segundo Castilho: “O guarda roupa enquanto paradigma oferece, portanto, um conjunto de sintagmas possíveis para a construção do discurso que se efetua mediante a combinação entre diferentes elementos em adequação ao gosto do sujeito e a ocasião contextual que oferece o pretexto de inclusão ou exclusão do mesmo.”. Portanto, a aceitabilidade social desfrutada pela pessoa, corresponde ao grau de investimento diário no “capital-aparência” – beleza, saúde, consumo -, pois é a partir da aparência que o sujeito participa das