Resumo Capítulo 3 - Livro Justiça
“Somos Donos de Nós Mesmos”
A primeira premissa do Libertarismo é: Cada Indivíduo é dono de si mesmo, ou seja, cada individuo é proprietário de si mesmo. A ideia de propriedade remete a “ter direitos a”, isso significa que cada individuo pode fazer o que quiser consigo mesmo. John Locke é o responsável por essa afirmação. As consequências disso do ponto de vista econômico é que o Libertarismo defende que o Estado não tem direito algum de tirar das pessoas aquilo que elas conquistaram com o trabalho. A questão é que é possível considerar uma sociedade com tanta desigualdade justa? Os defensores do livre mercado dizem que se nos preocuparmos apenas em nivelar as pessoas, poderíamos nivelar a sociedade por baixo.
Um defensor de uma posição radical de Libertarismo foi Robert Nozick. Um exemplo dessa sua posição foi o caso do jogador de basquete que ganhava muito mais do que os outros jogadores. Esse fato pode ser considerado injusto? Os argumentos a favor seriam em torno do mérito, da valorização coletiva e de incentivos. Os argumentos contra seriam principalmente fundamentados no mérito coletivo, afinal, quando se trata de esportes coletivos, por mais mérito que um jogador tenha, ele depende dos outros jogadores, e, além disso, no valor da atividade que está sendo exercida, existem atividades, cujos salários são muito inferiores, muito mais importantes para a sociedade.
Como mensurar o mérito de alguém? Muitas vezes o mérito começa a ser atribuído à alguém por causa do quanto ele ganha. O M.J., jogador de basquete, conseguiu esse dinheiro de maneira lícita e em acordo, em forma de contrato, com todos os membros do grupo, pois a troca é benéfica a ambas as partes. Esse dinheiro vinha do bolso dos torcedores, que não eram forçados a ver os jogos. A ideia do contrato pressupõe dois tópicos: consentimento e beneficio, mas o que mais chama atenção é o consentimento individual. Se considerássemos que o consentimento não é