Resumo capitulo 4 criminologia e subjetividade no Brasil

O capítulo 4 do livro criminologia e subjetividade no Brasil começa falando da criminologia como um discurso produtor da anormalidade do criminoso, além de ser um estudo das causas sociais do crime. Este discurso torna-se uma ferramenta nas mãos do Estado, sobretudo do judiciário, na tentativa de coibir a criminalidade através da repressão e controle social. Ao produzir a figura do criminoso anormal, a criminologia procura caracterizar a transgressão à lei como sintoma de anormalidade. O Estado, no Estudo da criminologia, teria o papel de regulador apolítico, tecnico-cientifico de modo que a função primordial do poder judiciário seria o combate ao mal que é a criminalidade independente da classe social da qual o crime tenha vindo. Em sua segunda parte, o texto discorre sobre o atavismo reconhecido por Lombroso no delinquente. Ele implicava numa visão social segundo a qual um grupo de indivíduos representava um evolução às avessas na qual as formas de ilegalidade se caracterizavam como um retrocesso evolutivo transmissível hereditariamente. A sociedade estaria dividida, então, em atávicos, que reeditavam a selvageria dos primitivos, e seres normais, produtos bem sucedidos da evolução. Depois do atavismo de lombroso, ele aborda aesta concepção de divisão de classes à partir do ponto de vista de Ferri. Segundo ele esta visão de divisão de classes em Ferri se torna mais clara já que prescinde da existencia de estigmas físicos. Segundo ele a sociedade também é um organismo “natural”, os defeitos morais seriam transmitidos de forma análoga à seleção natural, desta forma, tendo como base este discurso, a sociedade poderia eliminar sua parte defeituosa ou doente como quem elimina um cancer ou como quem amputa um braço que gangrena. No parágrafo seguinte, o texto trata da contribuição da psiquiatria ao direito penal. Segundo ele ela sempre remeteu o cometimento de crimes ao social ou às causas sociais do crime. Inicialmente ela era vinculada também ao discurso da