Resumo cap. 5 convite à filosofia
No Capítulo 5, do livro Convite à Filosofia, de Marilena Chaui, o linguista Hjelmslev aborda a linguagem como algo inseparável do homem, um recurso indispensável para este se comunicar. A autora define a linguagem como uma forma humana da comunicação, da relação com o mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento e das artes. Já o filósofo Platão, percebe a linguagem como um medicamento para o conhecimento, uma vez que pelo diálogo e pela comunicação, consegue-se descobrir nossa ignorância e consequentemente desenvolver aprendizagens.
A força da linguagem pode ainda ser representada nas liturgias religiosas, em rituais indígenas, africanos, entre outros meios simbólicos. A palavra grega “mythos”, significa que pelas palavras os seres humanos organizam e interpretam a realidade. Nesse contexto, a linguagem possui um poder encantatório, uma capacidade para reunir o sagrado e o profano, trazer as forças cósmicas para o meio do mundo e levar os humanos ao interior do sagrado. Já a palavra “logos”, desenvolve a linguagem como poder de conhecimento racional, tendo as palavras como conceitos ou ideias, pensamento, razão e verdade. Enfim, a linguagem se constitui quando passa dos meios de expressão aos de significação, ou quando passa do expressivo ao significativo. Daí, podemos dizer que a linguagem é um sistema estruturado, com princípios e leis constituídas de signos linguísticos, com função indicativa e denotativa, ou seja, um sistema integrado de comunicação, que segundo empiristas e intelectualistas, é considerado como instrumento de representação das coisas e das ideias, na qual as palavras têm apenas uma função ou uso instrumental representativo.
Por fim, pode-se concluir que a linguagem é uma via de acesso ao mundo, fascinante e sedutora, dotada de ideias, valores, símbolos e significados.
REFERÊNCIAS
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p.