Resumo Bê-a-bá acústica. cap 1
Disciplina: Conforto Acústico
Bê - a - bá da Acústica Arquitetônica: Introdução à Acústica Arquitetônica (pp. 15 - 43) primeiro capítulo / SOUZA, Léa Cristina Lucas de; ALMEIDA, Manuela Guedes de; BRAGANÇA, Luís.
1.ed - Bauru, SP: L. C. L. de Souza, 2003
Introdução à Acústica Arquitetônica
A aplicação da acústica nos projetos arquitetônicos é percebida desde a antiguidade. E de todos esses povos tiramos excelentes lições:
Com os gregos aprendemos a eficiência da distribuição da plateia em formas semicirculares e o aproveitamento da topografia, tendo como resultado a aproximação do público ao palco e, consequentemente, permitindo ao espectador maior captação sonora. O teatro romano, apesar de seguir o modelo grego, tinha um desenvolvimento independente, sem levar em consideração o aproveitamento da topografia. Uma estrutura apoiada em escadas e corredores, onde superfícies verticais mais altas possibilitavam o reforço sonoro, papel desempenhado hoje pelas conchas acústicas. Na Idade Média, com a expansão do Cristianismo, o teatro já não tinha tanto prestígio estrutural, e a Igreja era quem retratava as funções acústicas do espaço. Construídas com materiais acusticamente reflexivos (pedra e alvenaria), as igrejas medievais são exemplos de ambientes com grande sobreposição sonora. Em locais sob a influência bizantina, a presença da cúpula serve-nos como superfícies que causam ocorrência de uma focalização sonora. Com os góticos, e a presença do arco ogival, o edifício se torna mais alto, aumentando o caminho percorrido pelo som e provocando percepção de fenômenos, como o eco.
Os teatros renascentistas resgatam em planta algumas características da Antiguidade, porém desenvolvem-se em espaços fechados, e por isso mesmo, refletindo um importante momento para a acústica arquitetônica. Enquanto no teatro ao ar livre o som é ouvido diretamente pelo receptor, nos teatros fechados, devido a quantidade de superfícies