Resumo brise-soleil
O brise-soleil, ou quebra-sol, é um elemento arquitetônico cujo conceito foi reelaborado por Le Corbusier, em seu Plano Maciá, para Barcelona (l932-34). Como princípio genérico, não chegou a ser aplicado a um edifício específico. A ideia foi retomada mais tarde, quando das sucessivas propostas urbanísticas apresentadas por Le Corbusier para Argel, sendo afinal desenvolvido na quinta versão do chamado Plano Obus, já em 1939. Conhecida como Projeto E, essa versão comportava o famoso edifício Brise-soleil, cujo nome decorria do uso de um sistema de proteção contra o sol baseado numa trama de lâminas de concreto em forma de "colméia", integradas à estrutura da fachada, recobrindo seus cinquenta andares.
Não foi por acaso que Le Corbusier começou a adotar essa solução em projetos para cidades mediterrâneas. O brise-soleil se origina das inúmeras formas de filtragem da luz e do olhar desenvolvidas pela arquitetura europeia, fortemente marcada pela presença árabe: muxarabis, rótulas, varandas, combogós, rendilhas, treliças e ripados. São elementos que Le Corbusier assimila, adaptando à escala construtiva e realidade arquitetônica moderna, trazendo diferencial ao seu trabalho.
Em sua segunda visita ao Brasil a trabalho do governo, no projeto do Ministerio da Educação, expressa em seus registros, fascínio pela iluminação exuberante do Rio de Janeiro.
Meses antes de sua chegada os irmãos Marcelo e Milton Roberto vencem o concurso para a nova sede da Associação Brasileira de Imprensa com um projeto que previa um brise – soleil ideia de Le Coubusier Constituído de lâminas verticais oblíquas em alumínio, recobrindo as duas fachadas horizontais superpostas. O resultado foi uma solução estética revolucionária que escandalizaria a cidade. Por motivos de economia o alumínio acabou sendo substituído pelo concreto durante a execução do projeto. Assim mesmo, trata-se do primeiro projeto a propor faixas contínuas de lâminas paralelas, em lugar da trama ortogonal