Resumo Barão do Rio Branco
Reclamando o Acre para si, bem como grande parte da bacia amazônica do Brasil, o Peru protestou violentamente contra o acordo decorrente do Tratado de Petrópolis. Depois da feliz solução do caso da fronteira do Brasil com a Bolívia, Rio Branco focalizou a sua atenção nas pretensões peruanas a fim de definir os limites do Brasil no extremo oeste. Decidido a empregar negociações em lugar de arbitragem, encetou as discussões com o ministro peruano no Rio de Janeiro, Hernám Velarde. Mais uma vez, como no caso da Bolívia, registraram-se irritantes encontros fronteiriços e represálias, acompanhadas de acusações cáusticas.
O barão continuou a negociar com o ministro Velarde no Rio de Janeiro, durante os desagradáveis distúrbios ao longo da fronteira distante. No dia 12 de julho de 1904, as duas Nações assinaram um modus vivendi. O Peru, entretanto, persistiu em usar táticas protelatórias na esperança de que, de uma forma ou de outra, o tempo lhe favorecesse o caso; mas se o tempo favoreceu alguém, esse alguém foi o Brasil. No Peru, a mudança de chanceleres e representantes diplomáticos enviados ao Brasil enfraqueceu a apresentação dos argumentos peruanos, ao passo que os cinco anos de negociações do Brasil sob o mesmo ministro proporcionaram uma continuidade que revigorou a posição brasileira. Finalmente no dia 8 de setembro de 1909, Lima consentiu em assinar um tratado que definia as fronteiras. Mas uma vez se empregou o principio do uti possidetis para determinar a propriedade. Constatou-se que a extensa área reclamada pelo Peru era habitada principalmente por brasileiros. Aproximadamente 163 mil km2 foram entregues ao Brasil, assim como o recém-adquirido Acre, reivindicado pelo Peru; o Peru recebeu menos de 26 mil km2, Além disso, Rio Branco definiu a fronteira de 1.564 km com o Peru, fechando dessa maneira as extremas divisas ocidentais do Brasil.
A Fronteira com a Guiana Britânica
As divisas entre o Brasil e a Guiana Britânica já