A obra Aululária contém uma grande quantidade de personagens. Podemos apresentar como personagens primários: o velho avarento Euclião; seu vizinho Megadoro, o qual queria casar-se com Fedra, filha de Euclião; Licônidas, quem engravidou Fedra; Estróbilo, o escravo de Megadoro. Dentre os personagens secundários, encontramos Congrião e Antraz, escravos cozinheiros; Estáfila, escrava de Euclião e confidente de Fedra, entre outros. O livro é uma peça teatral romana, do gênero comédia. No prólogo, o deus Lar se apresenta como protetor da família de Euclião desde o tempo de seu avô, contando como este lhe confiou um tesouro de ouro e por que fez com que Euclião o reencontrasse. Aqui, o deus destaca a avareza do personagem principal, qual finge ser pobre diante dos outros. Megadoro, vizinho de Euclião, é um rico senhor que deseja casar-se com a filha de Euclião. Este, muito desconfiado achando que seu vizinho se interessa pela sua riqueza, acaba por conceder a mão da filha, desde que Megadoro abra mão do dote que tradicionalmente o pai da noiva deve ofertar ao noivo. Megadoro concorda. Entretanto, acontecem várias peripécias na casa do velho avarento, pois Megadoro manda cozinheiros para preparar os comes e bebes do casamento, porém Euclião os expulsa de casa com medo de que encontrem e roubem a panela onde estava o ouro. Então, Euclião decide que tem de guardá-la em outro local mais seguro e esconde-a no templo da Boa-Fé. O que este não sabia era que Estrobilo, escravo de Licónides, sobrinho de Megadoro, ouve as preces de Euclião e corre logo para o interior do templo, em busca do ouro, a fim de conseguir comprar a sua liberdade. Euclião encontra-o e dá-lhe uma surra. Como este local já estava descoberto decide guardá-la no bosque de Silvano, porém Estrobilo, que tinha escutado o monólogo de Euclião (é recorrente na comédia latina que os personagens falem sozinhos, uma maneira de mostrar as motivações à plateia que não dispõe de um narrador fixo) adianta-se e