Resumo Atividade Antimicrobiana
DIAS, Maria Rita Souto1; JUCHEN, André1; JANTZEN2, Márcia Monks; MOTTA, Amanda de Souza da3
1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Alunos de Graduação em Medicina Veterinária –UFRGS: mariaritasdias@yahoo.com.br
2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária: mjantzen_vet@hotmail.com
3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia: amanda.motta@ufrgs.br
INTRODUÇÃO
De modo geral o leite produzido no Brasil é obtido em condições higiênico-sanitárias deficientes, predominando altas contagens de microrganismos aeróbios mesófilos, psicrotróficos, patogênicos e coliformes. Em algumas pesquisas a qualidade microbiológica ruim tem sido associada à baixa incidência de patógenos. Entretanto, quando se verifica uma melhoria da qualidade microbiológica a incidência de patógenos tende a ser maior [1]. Isso pode ser explicado principalmente devido à presença natural de bactérias lácticas com grande potencial inibitório no leite com altas contagens.
As bactérias ácido lácticas (BAL) produzem naturalmente substâncias que lhes proporcionam um grande potencial para sua aplicação como culturas starter ou adjunta em alimentos. As BAL são bactérias Gram-positivas, não-esporuladas, cujo principal produto da fermentação é o lactato. Elas compreendem vários gêneros bacterianos como os Lactococcus, Vagococcus, Leuconostoc, Pediococcus, Aerococcus, Tetragenococcus, Enterococcus, Lactobacillus, Carnobacterium. Dentre estes gêneros especialmente os Lactococcus, Lactobacillus, Leuconostoc e Pediococcus têm sido utilizados como culturas starters para a fermentação de alimentos e bebidas [2]. Este grupo de bactérias exibe potencial, também, na produção de uma variedade de compostos, alguns deles com atividade antimicrobiana, incluindo: ácidos orgânicos, diacetil, peróxido de