RESUMO: ASSÉDIO MORAL E ASSÉDIO SEXUAL
ASSÉDIO MORAL E ASSÉDIO SEXUAL: faces do poder perverso nas organizações
O ASSÉDIO MORAL
As agressões reanimam um processo inconsciente de destruição psicológica constituído de procedimentos hostis, evidentes ou escondidos, de um ou vários indivíduos sobre o outro, na forma de palavras insignificantes, alusões, sugestões e não ditos, que efetivamente podem desestabilizar alguém ou mesmo destruí-lo, sem que os que o cercam intervenham.
Alguns indivíduos não podem existir senão pelo rebaixamento de outros. A perversidade não provém de um problema psiquiátrico, mas de uma racionalidade fria combinada a uma incapacidade de considerar os outros como seres humanos. Geralmente, o assédio moral começa pelo abuso de um poder, segue por um abuso narcísico no qual o outro perde a autoestima e pode chegar, às vezes, ao abuso sexual. O que pode começar como uma leve mentira, uma atitude de falta de respeito, torna-se uma fria manipulação por parte do indivíduo perverso, que tende a reproduzir o seu comportamento destruidor em todas as circunstâncias de sua vida.
A seguir se faz uma breve descrição do assédio moral no seu aspecto privado, com o intuito de caracterizar melhor os seus contornos, para, em seguida, apresentá-lo no contexto do trabalho.
A violência privada
A violência perversa exercida contra o cônjuge é, frequentemente, negada ou banalizada, reduzida a uma simples relação de dominação. Às vezes, os próprios filhos não são poupados e tornam-se também vítimas de maus tratos psicológicos, que podem assumir vários aspectos: violência verbal, comportamento sádico e desqualificativo, rejeição afetiva, exigências excessivas e desproporcionais em relação à idade, ordens e cobranças educativas contraditórias ou impossíveis. Palavrões e insultos costumam ser usados.
Ao lado da violência perversa que consiste em destruir a individualidade do outro, encontramos também famílias em cujo seio reina uma atmosfera