Resumo - as teorias sexuais infantis na atualidade
As dificuldades de se abordar o tema sexualidade das crianças, mesmo vivendo uma cultura pós-moderna e mesmo sendo um tema colocado por Freud a cem anos atrás, ainda sim é um assunto de difícil compreensão. Freud e a sexualidade infantil
Para Freud, a função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes. Defende ainda a ideia de que a sexualidade humana não é instintiva, pois o homem busca o prazer e a satisfação.
Denomina a sexualidade das crianças de perverso-erotismo, é destacado pelo fato de que na infância a sexualidade é auto erótica. Um exemplo é a amamentação do recém-nascido, sendo o objeto de instinto é o alimento e o objeto da libido é o seio materno. Ao se amamentar, procura também satisfazer suas necessidades emocionais, ou seja, uma simples amamentação permite uma intensa troca afetiva, possibilitando que mãe e bebê sejam afetados um pelo outro e iniciem uma relação afetiva e sexual.
A imagem inconsciente do corpo e as etapas do desenvolvimento psicossexual Para Freud o corpo é visto como simbólico, ou seja, a imagem que cada um tem de si é construída na relação com os adultos que ocupam a função de pais. Aqui, uma mãe reconhece em seu filho possibilidades muito maiores que sua existência presente. Sendo assim, Freud inverte a lógica do narcisismo enquanto amor a si mesmo, sugerindo que é necessário um investimento do outro para que haja um investimento no eu. Ele é reconhecido como um sujeito com um lugar insubstituível na cadeia transgeracional daquela família, é a através da palavra dos pais que ela começará a estruturar-se como ser humano, mais tarde ela transfere para si mesma a capacidade reconfortante e salvadora que apenas a mãe podia realizar para ela, podendo então se “automaternar”. As etapas do desenvolvimento libidinal são pensadas como inscrições que se fazem no psiquismo