Resumo As origens do pensamento Grego
Referência: VERNANT, Jean Pierre; As Origens do Pensamento Grego; Rio de Janeiro, 2002; Difel; Trad: Ísis Borges B. da Fonseca.
O autor introduz deixando claro o aprofundamento da perspectiva cronológica, modificando todo o quadro em que se coloca o problema das origens do pensamento helênico. Explana sobre o antigo mundo grego, citando a organização social, comparando com a literatura homérica, ligando religião e mitologia, mas expõe que em outros domínios a ruptura aparece profunda e cita: “[…] A derrocada do sistema micênico ultrapassa largamente, em suas consequências, o domínio da história política e social. Ela repercute no próprio homem grego; modifica seu universo espiritual, transforma algumas de suas atitudes psicológicas.”
Aborda também, a instituição da Polis e o nascimento de um pensamento racional e orienta:
“Se queremos proceder o registro de nascimento dessa Razão grega, seguir a vir por onde ela pôde livrar-se de uma mentalidade religiosa, indicar o que ela deve ao mito e como o ultrapassou, devemos comparar, confrontar com o background micênico essa viragem do século VIII ao VII em que a Grécia toma um novo rumo e explora as vias que lhe são próprias […]”
CAPÍTULO 1. O quadro histórico
No primeiro capítulo, Vernant aborda o contexto histórico do Mediterrâneo, citando que ainda não há a separação entre Oriente e Ocidente, expondo a organização sem descontinuidade, tanto do povoamento, quanto da cultura e dos territórios. Fala do surgimento de uma nova população, com novas características, com traços específicos, com apresentação histórica de alguns documentos, que irá constituir o mundo grego tal como o conhecemos na idade histórica, citando a expansão deste povo:
“[…] A expansão micênica, que prossegue do século XIV ao XII, leva os aqueus tomarem, no Mediterrâneo oriental, o lugar dos cretenses que eles substituem mais ou menos por toda parte e com certos