resumo as grandes civilizações Jaime Pinsky
Demonstra, o historiador, uma grande preocupação com relação à como as lacunas da história muitas vezes são preenchidas de forma arbitrária por cientistas a partir de especulações muitas vezes infundadas ou pouco prováveis, consequências que surgem devido à implantação da ideia de que a ciência pode responder a todas as questões, concepção no século XIX. Por isso muitas vezes pode haver distorções de teorias supostas anteriormente a partir de uma interpretação errônea. Como exemplo, o livro traz as contradições feitas ao redor da “seleção natural” proposta por Darwin.
Outra preocupação do historiador, Pinsky, é a de não impor aos ancestrais, a pessoas que viveram em época muito distinta da atual realidade, valores, padrões de comportamento e vontades que são do recente conceito de civilização. O que o autor quer deixar de forma clara é que deve se analisar o homem evoluído do homem estereotipado como primata, o meio em que cada um convive e as dificuldades que cada um enfrenta. Ao notar o exemplo de instrumentos rudimentares e as altas tecnologias que o ser humano dispõe hoje, assim como a expansão geográfica do homem, conclui-se que foi necessário a atitude de aventurar-se e ousar para dar certo nível no processo de evolução da humanidade.
A ideia de “seres primatas” corresponde a uma organização social incipiente, um sistema de crenças baseado em superstições infantis, e uma arte ingênua, o tempo todo tomado pela preocupação angustiante da sobrevivência. A partir de este parecer o livro nos encaminha ao questionamento sobre a inquietude humana e seus conceitos de valores. É notável que o homem vá à busca cada vez mais da riqueza técnica e do progresso material, afinal o que o homem busca na verdade com todo este avanço, é nesse ponto que o autor se baseia na construção da obra.
O homem na sua estrutura social e em seu mecanismo de sobrevivência divide as tarefas de seu cotidiano “primata” entre os sexos,