RESUMO ARTIGO
Este texto aborda a construção teórica corporeidade e aprendizagem numa relação político-pedagógica a partir da dissertação de Mestrado de Judite Filgueiras Rodrigues e aponta possíveis contribuições para a Educação em Geral e para a Educação Física em especial. Ao conceber que os conceitos de corporeidade e aprendizagen se interpenetram através de uma lógica recursiva, que o corpo é uma construção biocultural, e ao compreender que o todo é tão importante como cada uma das partes que o complementam pode-se reconhecer tanto a autonomia do corpo quanto a sua dependência com o meio e consequentemente com a aprendizagem. Nesse sentido, a educação ao perceber que não é possível ir em busca de um corpo sem história, e ao reconhecer a responsabilidade que possui ao reescrever a história, tem o desafio de permitir desabrochar as subjetividades, abrindo espaços que possibilitem aflorar um ser que, ao se modificar provoca mudanças no ambiente, na sociedade, na cultura A Criança.
Palavras-chave: Corpo - Corporeidade- Cultura – Aprendizagem
INTRODUÇÃO
A corporeidade vem se constituindo num dos mais interessantes temas de reflexão na área de educação, em especial da educação física
A idéia do homem como construtor de si mesmo marca o pensamento renascentista e coloca o humanismo como um projeto pedagógico de intenso alcance social. A educação do corpo assume um papel significativo na história das idéias pedagógicas, sendo o ser humano elemento fundamental de toda a educação.
Assim o homem inventou outras maneiras que lhe permitem expressar seus sentimentos e emoções transformando-as também em formas de conhecimento. Para ampliá-lo então, precisou revelar-se e, na busca desta revelação, surgiram várias alternativas de expressão, entre essas alternativas, a questão da corporeidade.
Para Freire (1991) a aprendizagem formal, está presente de corpo inteiro. Pois o ser que pensa é também o ser que age e que sente. O sujeito realiza-se e se constrói, movido pela intenção,