WALTER, Silvana A.; AUGUSTO, Paulo O. M. O status científico da pesquisa em administração. Revista de Negócios, v.13, p.56-71, 2008. De acordo com o texto há muita discussão em dizer se a administração é considerada ou não uma ciência. Primeiro por não compartilhar de critérios científicos atingidos por todas as outras ciências naturais, isto porque o comportamento humano possui significações que vão contra sua transformação em esquema lógico ou matemático. Segundo pela relevância e validade dos resultados obtidos por estudos em administração, pois necessitam de amplo rigor metodológico em seu desenvolvimento e apresentação final. Quanto à relevância, deveriam gerar conhecimentos aplicáveis e importantes para a melhoria na gestão organizacional. Diante deste contexto e procurando discutir o status científico da pesquisa em administração é que se busca saber quais critérios de cientificidade a administração necessita seguir para ter status de ciência. A dificuldade que as ciências sociais encontram para atingir os critérios de cientificidade alcançados pelas ciências naturais é que as relações sociais passam por processos constantes de mudanças históricas onde o indivíduo é dotado de liberdade, singularidade e imprevisibilidade. Os estudos das ciências naturais, de acordo com Machlup (1994), encontram mais fatores invariáveis do que nas ciências sociais. Esta variabilidade nos fenômenos sociais provoca dificuldade de generalização dos resultados. Já Thompson (1956) destaca que o entendimento de que os comportamentos humanos não possuem regularidade é equivocada. Destaca que todo ensino e o treinamento para exercer ações administrativas estão fundamentadas na regularidade dos comportamentos envolvidos. No que tange a subjetividade as ciências naturais procuram impor às ciências sociais seu ideal de objetividade (Basso, 2004). A distinção entre as ciências sociais e naturais pode ser melhor compreendida quando Machlup (1994) menciona que para explicar os caminhos