Resumo apologia
Apologia da história ou o ofício do historiador foi o último livro escrito por Marc Bloch e é inacabado. Sua publicação deu-se graças ao seu filho que reuniu e organizou os manuscritos, publicando-o após a morte de Marc Bloch. O prefácio é escrito por Jacques Le Goff. Neste livro, é apresentada uma nova forma de se escrever e estudar história, diferente da forma positivista que predominava até o momento. O livro tem início mostrando a história na antiguidade e a maneira que era vista: a história sendo a ciência dos homens e, portanto dispensando racionalidade e pesquisa. Afirma, também, que a história é constantemente reescrita com o passar do tempo e que o historiador tem livre arbítrio para escolher com o que quer trabalhar. Bloch afirma, então, que a história não só é a ciência dos homens, mas é, também, “a ciência dos homens no tempo” (Bloch 2001: p. 55). O homem é o objeto da história, pois ele faz a história. Marc Bloch deixa claro que o historiador deve ser cuidadoso ao escolher as fontes de suas pesquisas e que existem dois tipos de fontes: as explícitas, que são os documentos escritos, e as implícitas, como os vestígios arqueológicos; ambas devem ser tratadas com cautela quando analisadas. Mais adiante no livro, Bloch elabora um “método crítico” a fim de que a história passasse a compor a categoria de ciência. Para tal, ele deixa claro que a análise, argumentação e compreensão são indispensáveis, porém o historiador deve estar sempre atento para não julgar, pois seu trabalho não é esse. Uma sociedade nunca será igual à outra e nenhuma deve estar sob julgamento. No último capítulo, que não possui título e é inacabado, Marc Bloch explica que para entendermos o porquê de um fato histórico devemos procurar suas causas. “As causas, em história como em outros domínios não são postuladas. São buscadas” (Bloch 2001: p. 159). Dessa forma, ele também faz uma