Resumo Antonio Gramsci
O comunista italiano Antônio Gramsci (1891-1937) nunca publicou um livro em vida. Mas deixou como legado vários artigos em periódicos de partidos políticos na imprensa. E como mais importante deixou os Cadernos do cárcere.
A importância das ideias de Gramsci consistia em como ele conseguia fazer atual, adequando para as necessidades europeias capitalistas da época o pensamento de inspiração marxista.
Sua primeira distinção politica importante foi entre Oriente e Ocidente. Para ele Oriente são os países onde o Estado, as estruturas politicas concentram todo o poder e a sociedade civil é vulnerável, sem condições de se voltar contra o Estado. E Ocidente, ao contrario, onde a sociedade civil tem estrutura, o poder está concentrado nela e tem plena condição de ir contra o Estado.
Gramsci com a percepção de que o poder não está somente num lugar, mas em muitos ao mesmo tempo, permite-lhe uma visão mais precisa da luta politica no capitalismo contemporâneo. Onde para obter poder é preciso muito mais do que lutas golpistas, é necessário uma revolução no cotidiano. E esta é uma lição que engloba tanto a politica quanto á sociedade geral. Disputar o poder vai muito além de força, é preciso conquistar a consciência das pessoas. Segundo Gramsci, “ganhar a batalha das ideias.”
Para isso, o que seria eficaz segundo ele, seria acabar com a divisão entre “intelectuais” e “pessoas simples”, assim o poder não ficaria tão concentrado em “um lado”.
A este processo lento e complexo de luta pelo poder politico nas sociedades complexas Gramsci chama de disputa pela hegemonia:
È preciso mais convencimento do que força, é preciso ser hegemônico, confirma Gramsci.
Para conquistar a hegemonia politica e ideológica os intelectuais desempenham um papel –chave nesse processo e assim tanto as classes dominantes quanto as dominadas se organizam em blocos e cada uma conta com seus próprios intelectuais. Com a tipologia dos intelectuais construídas por