Resumo andrew samuels capítulo 5: a psicologia secreta das formas políticas
Capítulo 5: A Psicologia Secreta das Formas Políticas
Política, ou formas políticas, tem sentido no texto de um conjunto de ações e entendimentos dentro de uma sociedade, para que ela e as suas instituições funcionem atingindo os objetivos que elas devem alcançar. Como não há, na própria política, a sua essência (uma forma platônica ou um arquétipo político), deve-se procurar a sua gênesis, o “vitalismo social” na psicologia; deve haver um princípio organizacional para a estrutura social, e este pode ser psíquico.
Um dos pontos interessantes para se começar esta discussão é o papel da libido de parentesco existente na sociedade. As tradicionais formas políticas, sintetizadas por Aristóteles, podem ser completamente mudadas, ou mesmo pode ocorrer o surgimento de novas perspectivas política, a partir de uma releitura e de uma nova reflexão sobre a libido de parentesco. Essa libido é responsável, segundo Jung, pela união de crenças, partidos políticos e nações, e ela é uma faceta das fantasias sexuais incestuosas. Por seu caráter sexual intrínseco, o desenvolvimento da psicologia pode potencializar a dimensão psicológica no discurso e na análise política.
Considerando a existência destas fantasias, podemos estipular duas formas políticas baseadas em vivências inconscientes das pessoas: relacionamento pai-filho e relacionamento irmão-irmão.
O relacionamento pai-filho envolve, durante os primeiros momentos do desenvolvimento do filho, situações inconscientes de rivalidade sexual, castração, num cenário onde o pai é o legislador, a figura da moralidade que deverá separar, ou não, o filho de sua relação simbiótica com a mãe. Esta relação rival entre pai e filho é também alimentada pela questão da homossexualidade, onde qualquer ato ou demonstração de carinho, afeto, por parte do pai ou do filho é visto como uma característica feminina e, de certa forma, negativa para um homem. Uma nova forma política pode