Resumo Analítico - O caso dos exploradores de cavernas
FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de cavernas. São Paulo:
Universitária de Direito, 2003. Traduzido do original inglês por Ivo de Paula.
Trata de um caso ocorrido em 4299 em que exploradores de cavernas amadores adentraram em um algar, no planalto central de Commonwealth, e devido a um desmoronamento de terra - que bloqueou a única saída possível ficaram presos no local por 32 dias. De imediato as famílias dos desaparecidos comunicaram à sociedade Espeleológica, da qual todos faziam parte, sobre o desaparecimento de seus familiares. Imediatamente foi acionada a equipe de socorro que se deslocou até o local onde acontecera o desabamento.
Entretanto, devido à instabilidade do solo, os repetidos deslizamentos de terras, e os elevados gastos para enviar máquinas e homens ao lugar tão ermo, o resgate poderia demorar muitos dias. Tendo a agravante de que no espaço em que estavam não havia alimentos, podendo os exploradores morrer por inanição. Todavia, ao vigésimo dia, através de um rádio transmissor, a equipe de socorro entrou em contato com os homens presos na caverna, e afirmaram que precisariam de pelo menos mais dez dias para conseguirem libertá-los. Ao decorrer da conversa perguntaram ao presidente da comissão se haveria possibilidade de sobrevivência até serem resgatados. As chances eram escassas. Roger Whetmore, um dos exploradores, indagou se seria possível sobreviverem por esse tempo se alimentando de carne humana. Devido à resposta afirmativa do presidente, Whetmore sugestionou que “tirassem a sorte” para escolher qual dos homens seria sacrificado. Nenhum membro da equipe se manifestou a esse respeito, desde então a comunicação entre eles foi interrompida. Quando - finalmente - os homens foram resgatados, a equipe de socorro constatou que Whetmore havia sido morto por seus colegas para servir-lhes de alimento. Os acusados, levados a júri, declararam em sua defesa que Whetmore foi o primeiro a sugerir a ingestão