Resumo acadêmico
Antunes começa o texto falando do uso da língua como fator de interação social e da preocupação dos falantes com sua preservação, uma vez que se quer garantir a interação social e a identidade da cultura. Sendo assim, falar é mais que emitir sons: há toda uma origem atribuindo valor; logo, o uso da língua constitui a espécie humana.
O esforço feito para preservar a língua se torna racional quando se leva em conta questões de asseguração de identidades, como também aceitar que outras línguas intervenham pode significar perda de tal identidade. Infere-se, então, que exércitos defendem territórios linguísticos e conquistas significam imposição linguística.
A autora ainda fala que o uso da língua é um ato de proporções múltiplas e, entre tantas proporções, se tenta identificar o ponto de vista com o qual se olha pra língua na escola e no social. Tais pontos de vista se tornam ainda mais antônimos quando se percebe o quão reduzida é a visão sobre a língua dada na escola. Ainda se cita a abertura que se dá para preconceitos linguísticos e como essa prática gera tanto deturpações como precisão e solidez, e prova isso mostrando que “o saber gramática” é insuficiente na hora de produzir um texto mais fluido.
Sendo a gramática uma área de conflitos – internos e externos; esses de ordem social e aquele de ordem linguística – a autora reitera que a visão simplista da língua é equivocada, sendo língua não só o plano do papel – como se vê na escola – mas algo que constitui identidade, sociedade, comunidade, espaço e valores.
Ela fecha o texto expondo que pretende desconstruir ideias que se tem sobre a gramática, e ainda sugere que se reprograme a mente de professores quebrando a ideia que lhes foi imposta de que as mudanças da língua são erros a serem corrigidos. Como diz logo abaixo:
[...] pela