Resumo 1a lição de Psicanálise, Freud
Introduzindo o público à psicanálise através de sua história, Freud expõe, na primeira lição, o problema da histeria e como a psicanálise trouxe nova luz ao tratamento desta, que não era encarada como uma doença antes de suas pesquisas com o Dr. Breuer.
A primeira lição nos diz sobre os estudos que ele fez com a histeria. As histéricas tinham variados sintomas físicos (paralisias, afasias e outros) que não encontravam causa orgânica para ocorrerem. Os médicos viam seus conhecimentos orgânicos sobre o ser humano serem insuficientes e, em função disto, negavam qualquer tratamento a elas por acreditarem que seus sintomas eram resultado de fingimento. Por sorte, nem todos os médicos negaram-lhes atenção.
Freud conta sua experiência com Charcot, na França, ao observar que por meio da hipnose seria possível eliminar ou produzir sintomas histéricos em pessoas histéricas ou normais, respectivamente. No entanto, a duração da eliminação dos sintomas não era grande e, por isto, Charcot não as curava. Apenas eliminava os sintomas por curto período de tempo. Há que se dizer que já é de grande importância que Charcot tenha verificado cientificamente a interação entre palavra (hipnose) e corpo (produção ou remoção de sintomas). E que mostrou que a histeria não era exclusividade feminina. Mas, de maneira diferente de Charcot, Freud se preocupou com algo mais que a eliminação temporária dos sintomas.
Começou a, então, perguntar para as histéricas sobre os porquês de seus sintomas enquanto estavam em estado de hipnose. Daqui surge a teoria de que para se produzir a histeria algum afeto teria que ser separado de sua representação em uma situação que ele chamou de trauma. No entanto, eu pergunto: como pode um afeto se separar de sua representação sendo que ambos aconteceram e, em tese, passaram pela consciência da pessoa? Se ambos estão na consciência, como se separaram?
A estas perguntas, Freud, à época dos anos 90 do século XIX, responderia que o trauma