Resumc3a3o Da Matc3a9ria
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A Antropologia e o outroAntropologia: estudo do homem em toda sua diversidade. Entende que o homem existe como ser cultural logo, a antropologia é uma ciência que estuda as culturas.
A tendência dos seres humanos é naturalizar nosso comportamento, ou seja, é natural pensar como pensamos, é natural nos vestir assim, falar assim.
A naturalização pode criar certos preconceitos com outros comportamentos, típico do senso comum, e cabe a antropologia passar a ideia de que quase nada é natural ao ser humano, pois esse é fruto de um processo histórico e cultural. Outra função do antropólogo é tornar exótico aquilo que é familiar, e tornar familiar aquilo que é exótico.
A descoberta da América
Com a descoberta da América ocorreu a gênese de uma preocupação antropológica a respeito do outro. A antropologia não nasce aqui, apenas a preocupação.
Essa preocupação ocorre com a questão da alteridade: alteridade: qualidade daquele que é outro.
Surgem daí duas grandes modificações no imaginário europeu:
-O mundo passa a ser maior. A bíblia é o instrumento pelo qual explica-se a existência dos índios, fornecendo questionamentos e respostas.
-ocorre a alteração na percepção de si e do outro.
Em 1514 o jurista Palacius Rubios escreve “Requerimento”, texto lido aos índios pregando que as terras eram dos europeus. O texto acima contava a história Criacionista de criação do mundo, dando assim uma justificativa, um amparo legal para a invasão das terras.
Em 1550 é travado um debate na Espanha sobre o que fazer com os índios. O debate ocorre entre Gilles de Sepúlveda, jurista e filósofo, e Bartolomé de Las Casas, um padre dominicano.
Sepúlveda defende a Doutrina da Desigualdade ou a Doutrina da Recusa do Estranho. Seus argumentos são baseados em Aristóteles, segundo o qual existem homens que nascem para ser senhores, e outros que nascem para ser escravos. Faltaria a uma parte da humanidade a razão, tendo de ser então escravizados. Segundo Aristóteles o estado natural da sociedade é a