Restrição Calórica Pesquisas recentes com o envelhecimento em leveduras têm focado na tentativa de determinar o mecanismo pelo qual a restrição calórica (RC) aumenta a longevidade. A razão para esta obsessão é que a restrição calórica é a única intervenção que aumenta a longevidade em todos os organismos modelos de estudo nas pesquisas de envelhecimento, incluindo a levedura Saccharomyces cerevisiae, a partir da redução de 25-75% da ingestão calórica sem deficiência dos nutrientes essenciais. Esta dieta não só prolonga o tempo de vida como também retarda muitos efeitos indesejados do envelhecimento e patologias relacionadas à idade. Infelizmente, os mecanismos pelos quais estes aumentos na longevidade ocorrem ainda permanecem controversos (Barger et al, 2003). Em levedura, a restrição calórica está geralmente relacionada a uma redução dos níveis de glicose no meio de cultivo durante os experimentos de longevidade. Normalmente os meios de cultivo para levedura possuem 2% de glicose, mas para uma simulação de restrição calórica as concentrações de glicose devem variar entre 0,005% e 0,5% de glicose. Mutações que diminuem as atividades das vias Akt/PKB, Tor e Ras aumentam a longevidade de vários modelos de células estudados, sugerindo que os mecanismos relacionados à regulação da longevidade são conservados em muitos organismos eucariontes (Longo & Finch, 2003). Em leveduras, Sch9, que apresenta alta homologia com as quinases de mamíferos Akt/PKB e S6K, é parte de uma via sensível a nutrientes cuja regulação negativa aumenta a longevidade cronológica em até 2 vezes. As proteínas-G Ras também são conservadas evolucionariamente e estão envolvidas na divisão celular em resposta a glicose ou fatores de crescimento. A deleção RAS2 também dobra a longevidade cronológica em leveduras (Fabrizio et al., 2003). Outra via de resposta a nutrientes bastante conservada que regula o crescimento celular e o progresso do ciclo celular envolve a proteína quinase “alvo da