RESTAURO CRÍTICO - Pane e Bonelli
As contribuições de Pane e Bonelli
O ARCO DE TITO - ROMA
A complexidade dos problemas a serem afrontados na área da restauração forçou o abandono do empirismo, preterido em função de uma aproximação aos monumentos mais consistentemente embasada, seja teórica, seja metodologicamente. PÓS GUERRA
A necessidade de reconstrução em massa colocou novos problemas, de ordem prática e metodológica:
Como intervir em áreas de grande valor histórico e simbólico?
Quais critérios adotar?
- Reconstruir fielmente monumentos em áreas urbanas
inteiras como eram antes dos bombardeios ou utilizando a linguagem contemporânea? Ou, ainda assim, procurar um
“meio termo”?
Restauro filológico: ignora a realidade figurativa dos monumentos, considerando-os como documentos históricos
Moderno-ambientado: adoção das formas arquitetônicas que repetiam a escala e implantação antigas, porém simplificando detalhes construtivos. ARQUITETURAS NEUTRAS
RESTAURO CRÍTICO
Nenhuma arquitetura verdadeira poderia ser neutra e nenhuma intervenção no espaço urbano poderia passar despercebida
CADA OBRA É ÚNICA em sua conformação e devir no tempo e exige, por isso, soluções únicas. análise do monumento indagação baseada na crítica e na história
O restauro não pode ser admitido como atividade empírica, mas como ato cultural fundamentado na história e na estética
“uma obra arquitetônica não é apenas um documento, mas sim um ato que em sua forma expressa um mundo totalmente espiritual, e que esta assume essencialmente importância e significado”
“Quando a imagem refeita realizada na forma figurativa é interrompida pela destruição ou dimensões visuais, o processo crítico é forçado a fazer uso da imaginação para reconstruir as partes em falta ou reproduzir os detalhes ocultos e, finalmente, encontrar a unidade do trabalho feito em antecipação à visão do restaurado monumento”
Bonelli
ROBERTO PANE
Itália, 1897 – 1987