Restaura O Interna E Externa Da Sala S O Paulo
Foram executados dois pavimentos a baixo da cobertura.
O superior de estrutura metálica, suporta os equipamentos de sustentação e movimentação do forro móvel.
O inferior de concreto armado,aloja os equipamentos de sustentação e o acionamento das bandeiras acústicas e dutos de ar-condicionado.
Uma sala de referência, como deveria ser a Sala São Paulo requeria um projeto no estado-da-arte; assim, optou-se pela arquitetura variável e pela acústica ajustável.
Para garantir essa flexibilidade acústica foi proposto um forro totalmente móvel, cujo deslocamento faria variar o volume da Sala, criando ademais um ‘espaço acústico acoplado’, situado entre o forro e o piso técnico (onde estão alojados os equipamentos de acionamento do forro). O som atinge não só o forro mas o espaço acoplado, e com isso podem ser alteradas algumas nuances na resposta acústica da Sala. A potência e as características de reverberação deste espaço acoplado podem ser sintonizados por meio de 26 bandeiras acústicas de veludo, que são acionadas ou recolhidas a partir de mecanismos situados no piso técnico. Tais bandeiras, por estarem acima do forro móvel, não são vistas pelos ouvintes, mas sua presença é certamente ouvida.
O tempo de reverberação indica a demora verificada entre a emissão de um determinado som até esse som tornar-se inaudível. Uma sala reverberante é chamada de ‘viva’ e, ao contrário, uma sala com baixo tempo de reverberação é chamada de ‘morta’ ou ‘seca’. Teatros para palavra falada exigem tempo de reverberação curto para garantir a inteligibilidade do que é dito. Auditórios que usam amplificação eletrônica são tipicamente ‘mortos’, ‘secos’. Quando alguém toca um instrumento acústico neste tipo de ambiente parece que o som viaja até a primeira fileira de poltronas e aí...morre!
Em recitais, a definição (clareza) é um elemento fundamental e por essa razão a Sala São Paulo deve estar menos reverberante. O forro é