Respostas da p. 105
01. No século XII, o açúcar chegou ao continente europeu por meio de mercadores árabes e cruzados. Nessa época, a produção e a comercialização eram reduzidas e seu preço era altíssimo, o que o tornava acessível apenas a nobres e reis. A partir do século XVI, iniciaram-se as grandes plantações de cana na América portuguesa, em fazendas monocultoras, exigindo grandes estruturas comerciais e produtivas que envolviam, de alguma forma, a maior parte do mundo conhecido na época: o financiamento e o refino eram holandeses; as plantações da cana e a produção do açúcar ocorriam na colônia portuguesa na América; os consumidores estavam disseminados por toda a Europa e a mão de obra era africana.
2. No início do século XVI, o primeiro engenho de cana foi instalado na capitania de São Vicente. Ainda em meados do século XVI, começou a funcionar o primeiro engenho em Pernambuco, no Nordeste, onde as plantações tiveram muito êxito devido ao solo apropriado. Em 1580, já havia 115 engenhos distribuídos pelo litoral da colônia portuguesa na América.
3. A palavra "engenho" designava, em princípio, o local de fabricação do açúcar, mas, com o tempo, passou a definir também toda a propriedade envolvida com a produção do açúcar. Assim, faziam parte do engenho: os canaviais, as matas, as casas de moradia (do proprietário, dos escravos e dos trabalhadores livres), a casa da moenda e os demais instrumentos de produção. O proprietário desse complexo era chamado de "senhor de engenho".
4. Os senhores de engenho na colônia desfrutavam de poder semelhante ao dos nobres em Portugal. Eles controlavam a vida política da região, pois ocupavam - eles próprios, seus filhos ou parentes e apadrinhados - os principais cargos públicos. Os senhores de engenho também tinham autoridade sobre todas as pessoas que viviam no engenho ou que dependiam dele para sua sobrevivência. Em torno dele, constituía-se um núcleo familiar formado por esposa, filhos, parentes, afilhados e